Tenho
que me acostumar e me conformar com o fato de que não sou eu quem as procuro,
elas que me acham!
Saí a
esmo, sem lugar definido, eu e minha “vizinha”.
Essa
minha “vizinha” é outro caso para contar com mais detalhes mas só agora só te digo que é
uma grande amiga que conheci há muitos anos. Somos tão amigas que podemos nos dar ao luxo
de nos chamar somente de “vizinhas”.
Saimos a esmo para espairecer um pouco do dia a dia agitado da nossa grande cidade.
Dirigindo lá pelas bandas do "Capuava" observavamos os sitios e de repente eu "pressinto" que aquela pequena cosntrução no meio de uma grande quantidade de mato é uma Capela da Santa Cruz.
Minha vizinha, sentada ao meu lado com certeza consegue um angulo melhor e identifica a Capela:
- Dóris! Pare o carro! É mesmo uma capelinha!
Saimos a esmo para espairecer um pouco do dia a dia agitado da nossa grande cidade.
Dirigindo lá pelas bandas do "Capuava" observavamos os sitios e de repente eu "pressinto" que aquela pequena cosntrução no meio de uma grande quantidade de mato é uma Capela da Santa Cruz.
Minha vizinha, sentada ao meu lado com certeza consegue um angulo melhor e identifica a Capela:
- Dóris! Pare o carro! É mesmo uma capelinha!
Dentro dela não se via imagens no altar. Eles nem se lembram que santo estava lá quando eles compraram o sitio. Existe somente alguns quadros e figuras de santos disputando espaço com arame para cercas, colchoes, cadeiras velhas e etc.. |
Entramos no sitio e começamos a procurar alguem para nos atender quando encontramos um senhor que ia saindo do sitio, a pé, com uma caixa de ovos na mão e vai avisando:
- Pode
entrar! É gente boa!
-
Cachorro? Ah! Esta preso!
Bati “palmas” para chamar a atenção dos donos e logo veio o Sr. Luiz nos atender. Ele todo solicito e eu fui explicando quem eu era e o que queria... Ah! Também queria ovos... Se tivessem disponíveis.
Bati “palmas” para chamar a atenção dos donos e logo veio o Sr. Luiz nos atender. Ele todo solicito e eu fui explicando quem eu era e o que queria... Ah! Também queria ovos... Se tivessem disponíveis.
O sitio
estava todo florido. Nele se sentia o vai e vem de seus moradores. Perus,
gansos, galinhas, gado, mulheres batendo bolos, seu Luiz tratando o gado e, a
capelinha, ali no canto, escondidinha, abandonada e cheia de entulhos.
O Sr. Luiz disse que no passado, há muitos anos rezavam na capela. Que até vinha um padre rezar
missa nela, mas agora, para tristeza de D. Josefa, o local virou deposito de
coisas velhas.
- Sabe,
já pensei em reformar. Me falaram que era melhor derrubar e construir uma nova,
pois as raízes da arvore infiltraram e soltaram todo o piso que agora esta todo
“fofo”.
Ai! Não faça isso D. Josefa...
Arruma... Tenta restaurar a Capelinha...
D.
Josefa é paraibana, Veio com seus 16 anos junto com a família. Ela conta que na
época viviam em uma miséria de fazer dó.
A mãe morreu de parto aos 30 anos quando nasceu o decimo filho.
A mãe morreu de parto aos 30 anos quando nasceu o decimo filho.
Assim
que chegou em São Paulo foi trabalhar com uma família de judeus que depois de
um tempo queriam leva-la para o Peru. Ela não foi. Ficou em São Paulo onde
conheceu o Sr. Luiz e se casaram.
Começaram
a vida vendendo roupas e estavam indo muito bem porem foram assaltados “com a
arma na cara” e foram tantas vezes que decidiram se mudar.
Desde
então estão no sitio. A Capelinha já estava lá.
D.
Josefa é uma senhora com seus 76 anos. Alegre, animada e muito trabalhadeira.
Nos
recebeu com um carinho enorme e nos fez prometer que voltaríamos outro dia,
pois no momento ela tinha de ir à missa... em outra Capela.
Prometemos
que voltariamos, e vamos mesmo d. Josefa. Pessoas felizes e maravilhosas
como a Senhora e o Sr. Luiz não é todo dia que encontramos por ai.
Vamos
voltar, e quem sabe a Capelinha vai estar pintada e reformada, hein?
Nenhum comentário:
Postar um comentário