Estas duas cruzes, abandonadas, quase
destruídas na beira da Dutra fazem parte da história do Brasil e estão quase
esquecidas.
Foram erguidas no local da morte de
Juscelino Kubistchek de Oliveira (JK) e seu motorista e amigo “Geraldo
Ribeiro’”.
Acredito que todo brasileiro já ouviu o nome
dele alguma vez na vida, pois ele ocupou o cargo de Presidente do Brasil entre
1956 e 1961 e foi o responsável pela construção de Brasília, nossa Capital
Federal.
Sua morte é cheia de mistérios, polemicas
e um tanto de romance. O veiculo, um Opala dirigido por Geraldo Riberio vinha
de São Paulo com destino ao Rio de Janeiro e segundo relatos, levou uma batida
de um ônibus e foi se chocar com uma carreta que ia em sentido contrario.
Algumas noticias dizem que ele ia para o
Rio de Janeiro se encontrar som sua amante. Outros porem relatam que ia ao
encontro de uma velha amiga portuguesa em busca de um “sustento” já que após
sua volta do exilio, estava em dificuldades financeiras. Há também o relato de
que ia se encontrar com generais contrários ao governo, com o qual pretendia
fazer planos para voltar ao poder e por este motivo teria sido assassinado. Ou
seja, teria sido um trágico acidente.
O certo é que este acidente ocorreu em 22
de agosto de 1976, na Via Dutra, na “Curva do Açougue’, hoje conhecida como
“Curva JK” e é um dos mais polêmicos do Brasil.
Triste também é ver as duas cruzes na
Beira da Dutra assim descuidadas, abandonadas.
Não existe nome, data nada que
lembre o ex Presidente e seu acidente.
Levei um bom tempo para localiza-las.
Segundo o relato de um funcionário de um
Posto de Gasolina próximo ao local, o motivo para tal descaso foi o fluxo de
pessoas e carros que paravam “nas cruzes” quando havia uma placa que as
sinalizava. O argumento, teria sido que, por ser a Via Dutra muito movimentada,
a parada constante de carros naquele local colocava em risco as pessoas que
paravam para vê-la ou acender uma vela no local. Assim, foi mais fácil
relega lá ao esquecimento do que fazer uma sinalização apropriada com medidas
de segurança naquele trecho da via.
Após muita polemica em 22 de abril de
2014, A Comissão Nacional da Verdade, concluiu que o acidente e a morte de JK e
seu motorista foi acidental.
Uma curiosidade: JK era devoto da Santa
Cruz e fez questão que a primeira missa no terreno que viria a ser a Capital
Federal do Brasil, (Brasília) fosse realizada no dia 3 de Maio, Festa da Santa
Cruz.
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